segunda-feira, 27 de junho de 2011

Fechei os olhos e senti cair sobre mim gotas cristalinas como se fosse chuva. O cansaço e o sono não me deixavam dar continuidade a leitura que ora realizava. Inclinei a cabeça e recostei na mesa e ali me deixei vencer pelo sono que me roubou segundos de minha lucidez. Até que uma voz ressoou ao longe, e ouvi como se estivesse dentro de um túnel, a voz me pedia: faz um cafezinho para mim?Acordei sobressaltada, desliguei o computador no qual tentava encontrar informações que me ajudassem a dar continuidade a escrita do livro “Estamos a caminho sob os pés dos Eucaliptos'.Fui até a cozinha, fiz o cafezinho e  saboreamos esse néctar dos deuses.
    Voltei ao que havia dado uma pausa e escrevi um pouco mais.
     Felizmente conseguí chegar ao término do livro e depois de tantos sacrifícios, tendo muitas vezes esquecido até mesmo de mim para que esse trabalho fosse realizado, tive uma decepção, ela foi tão grande que cheguei a ficar doente. Vi um trabalho realizado com tanto carinho e dedicação sendo achincalhado. Ainda ouço aquelas palavras em meus ouvidos e ficaram entranhadas em minha mente, palavras saindo da boca de alguém que só deveria exalar amor, compreensão, humildade, me dizendo que ao realizar esse trabalho eu estava querendo que todos batessem palmas para mim, e que eu não tinha humildade e estava querendo aparecer perante as pessoas, ser elogiada!.E ainda me proibiu de falar com quem quer que seja que ele havia me proibido. Meu Deus! Jamais pensei que tudo isso aconteceria! Mesmo porque sempre fui fiel a igreja católica e nunca pensei  em trocar a minha religião por qualquer outra.Sempre procurei andar nos caminhos do Senhor, viver em comunidade, fazer partes de pastorais, enfim, a minha vida está sempre ao dispor das necessidades do meu irmão, mesmo ele não comungando da mesma fé.
  Tenho chorado e sofrido muito com tudo isso e só escrevendo desse jeito é que consigo me acalmar, pois nem desabafar com outras pessoas eu posso.
Nos sermões que ouço essa pessoa fazer, todas as palavras parecem ter um destino certo, os meus ouvidos. Sei que estou morrendo aos poucos, a cada dia sinto o meu coração apertar, sofro e choro sempre que me recordo daquelas Palavras.   Peço a Deus que o perdoe, sei que ele já está em idade avançada e pode até estar com a mente cansada, não deve ser fácil para alguém se entregar totalmente a um serviço da igreja durante tanto   anos, mas sei também que não sou responsável pelas tribulações de sua vida.Por isso estou fazendo esse desabafo, para que eu possa a partir disso me concentrar nos deveres e serviço de minha paróquia, não sou uma pessoa que fica chorando pelos cantos, procuro enfrentar as situações que vão surgindo em meu caminho, 
   Infelismente sou obrigada a admitir : a cada dia que passa mais e mais me decepciono com o ser humano.
Percebí que a convivência de anos com as pessoas não é sufuciente para que se conheçam, mesmo que sejamos honestos, amigos para toda hora,companheiros de caminhada,onde um pode se apoiar no outro, confiar.Mas tudo isso não é sufuciente para se ter a certeza de uma amizade sincera porque basta uma das partes se afastar um pouquinho por necessidade, isso já é motivo suficiente para que sejamos execrados e colocados numa posição consttrangedora diante das pessoas, enfim seja feita a vontade de Deus, se é assim que ele quer, amém!!!